Há algumas semanas fizemos aniversário (na mesma semana, coisa de alma gêmea), eu 28 e ele 29. Teve bolo, salgadinhos, amigos e risadas, como o bom e velho rito de passagem com o qual já estamos tão familiarizados. O Rob parece estar lidando com essa coisa de ficar mais velho bem melhor do que eu, ou ele está esperando a crise da meia-idade para comprar um carro esportivo e começar a pular de paraquedas. Eu já tive a minha crise, que chegou mais cedo do que deveria.
Lógico que tem aquela pressão idiota que a gente mesmo coloca ao chegar perto dos 30 anos. Filhos? Casa? Emprego? Carreira? Tem que estar tudo pronto aos 30. E quando você vai chegando pertinho, vai vendo que ainda está longe, que não é bem assim, que tem muita coisa para acontecer. E é isso também que me faz gostar tanto de estar aonde estou.
Tem um tempinho que a Jenni me mandou esse texto fera sobre os "vinte e tantos anos" e é exatamente como tenho me sentido. Porque com vinte e tantos anos, você já entendeu que não é o rei do mundo, que ainda está longe de se tornar aquele super herói que achava que seria aos 30 e por isso se torna mais humilde, entende o tempo das coisas. E nesse processo, deixa de se importar com as besteiras que tanto povoam os adolescentes: popularidade, roupa de marca, ser legal e aceito pelo "grupinho". A verdade é que eu sou do jeito que eu sou, e se as 800 e poucas pessoas da minha lista de amigos do Facebook não gostarem, que se explodam.
Tenho poucos amigos de verdade, muitas saudades e uma paciência minúscula para mimimi e ambiente lotado. Não quero tirar fotos para o Instagram e ter 50 likes, quero viajar, conhecer o mundo, e registrar as minhas experiências, os meus momentos de tirar o fôlego, indepentende do que os outros achem. Quero terminar de arrumar a minha casa, que hoje é o meu santuário, e me encontrar com os meus amigos no final de semana para discutir um bom livro que a gente leu, um artigo de notícia, uma fofoca. Você viu que encontraram o avião? Pois é...
Dá saudade da adolescência, de ler Capricho, e as vezes me surpreendo que já se passaram 14 anos desde aquele show dos Hanson, aquele que não chegava nunca. Dá saudade dos medinhos, mas é bom estar aqui agora. É bom chegar a um ponto onde você se aceita e, apesar de querer perder essa pancinha louca da pizza do final de semana, se sentir bonita ao se olhar no espelho.
Sou uma quase trintona sem saber exatamente para onde estou indo, mesmo quando todo mundo acha que aos 30 já deveríamos ter a rota traçada. Mas em compensação, sou uma vintona e tanto que sabe exatamente quem ela é. E isso, meu amigo, faz toda a diferença.
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