No dia 4 de março de 2006 eu estava celebrando 20 anos. Eu tinha acabado de terminar um namoro/enrolo horroroso, e estava me perguntando se algum dia iria encontrar alguém decente. Quando soprei as velinhas de aniversário, fechei os olhos e pedi para as estrelas lá no céu por um namorado que desse certo comigo. Naquela mesma hora, o Rob estava dentro de um avião voltando de missão. Acho que as estrelas receberam o meu pedido direitinho.
Depois de um namoro que parecia mais vir de um filme de comédia do que de um romance (nós dois rimos muito um com o outro), resolvemos ficar noivos e ir estudar na BYU logo depois de nos casarmos.
Como usamos boa parte de nossa economia com a faculdade—mensalidade, passagens para os Estados Unidos, visto, depósito inicial, etc.—não sobrou muito para eu ter o casamento dos meus sonhos. Tive que aceitar que o meu casamento seria na capela, sem muito glamour, numa realidade bem distante do casamento no campo que sonhava há anos. Lógico que entrei em crise.
Mas assim que comecei a organizar as coisas do casamento, toda a minha perspectiva mudou. Por que? Porque nunca me senti tão amada e querida! Sabendo que não ia poder pagar uma fortuna com doces e salgados, algumas irmãs da ala se juntaram e fizeram todos os docinhos (deliciosos) do meu casamento, sem eu pedir! Uma outra irmã fez o meu bolo de casamento de graça, só precisei dar os ingredientes. Ele estava tão gostoso que até hoje as pessoas vem me perguntar qual foi a confeitaria onde encomendei o meu bolo.
Na semana do meu casamento, irmãs da estaca que eu achei que nem soubessem quem eu era vieram para me ajudar a arrumar toda a decoração. Muitas delas vieram munidas de ferro de passar e ficaram horas passando todas as toalhas de mesa. Um rapaz da estaca arrumou as luzes. A minha mesa do bolo era a mesa de jantar de uma irmã. O meu bouquet foi feito por mim, na manhã do meu casamento, com rosas que tinha escolhido a dedo no mercado de flores.
Não, o meu casamento não foi o dos meus sonhos, mas eu não trocaria nunca o que tive pelo o que eu sonhava. A participação dessas pessoas tão queridas, e o amor que senti a cada momento, valeram cada minuto. E quando eu me selei ao meu marido, olhando dentro dos olhos dele, eu sabia que tudo tinha valido a pena. Naquele momento, a nossa verdadeira história de amor, o nosso grande casamento, estava apenas começando.
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