Os Três do Tempo
16 de fevereiro de 2016
FUTURO. Eita carinha estranho esse. E não é que o danadinho nunca chega? Espero... espero... espero... e ele fica lá, de longe, apontando pra minha cara e dando risada da ansiedade, minha fiel escudeira. Ainda o pego. Às vezes ele dá uma de muleque e engana... finge que se aproxima, mas quando põe o pezinho do nosso lado o Presente entra em cena, e o travesso Futuro sai correndo de novo pra bem distante da nossa vista.
O Presente é um cara apressado, sempre acha que está perdendo a hora. Ele passa, dá um tchau e vai pra casa do passado, aquele velhinho que adora contar histórias. Dizem que são muito amigos, mas nunca tive tempo de perguntar pro Presente se são mesmo porque, caramba! Como esse cara corre. É triste, porque toda vez que me dou conta de como é bom tê-lo ao meu lado, vuip! Já foi embora. Se ele ao menos pudesse ficar mais tempo pra curtir um pouco...
O Passado é um velhinho simpático. Está pra nascer quem não goste dele. Muitas vezes quando me sinto pra baixo corro pra sua casa e deixo o Presente de canto. São nessas horas que me esqueço das traquinagens do Futuro. Simplesmente me sento e ouço suas histórias. São histórias um pouco romantizadas, admito. Mas como é gostoso ouvi-las! Me fazem lembrar de bons momentos que tive, e fico com o coração um pouco mais leve. Lógico... não pode se perder nas histórias, senão você fica horas com ele. Já ouvi dizer que algumas pessoas se esqueceram de todo o resto e voltaram a viver com o sr. Passado. Mas, são histórias!
Esses três, apesar de parecerem tão diferentes e distintos, vivem as voltas na minha cabeça. E por mais que sinta raiva de algum deles em certos momentos, não consigo dizer não ou virar as costas, simplesmente não consigo! E assim vou lidando com eles... caindo nas trapaças do Futuro, correndo com o Presente, e sentindo saudades do Passado.
Foto por Greta Tuckute
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